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Aprenda a ler 22

[P-009] Aprenda o sentido das palavras verossímil, provável e informação. As decisões mais importantes de sua vida são tomadas com esses tipos de conhecimento.



Como você toma as decisões mais importantes da sua vida? Com base em certezas? Não. Você toma essas decisões com base no que chamamos de verossimilhança e probabilidade.


Por exemplo, planejamos cursar determinada faculdade, porque nos parece verdade que a vida naquela profissão será interessante; decidimos nos casar com uma pessoa, porque parece verdade que seremos felizes com ela. Não temos como ter certeza, essas são coisas apenas verossímeis, no máximo, prováveis.


Verossímil é aquilo que “parece verdade” para nós, em geral porque ouvimos dizerem que aquilo é verdade. E quanto mais pessoas disserem algo, e quanto mais confiáveis elas forem, mais verossímil a informação nos parecerá. Informação é propriamente isto: o conhecimento que recebemos de segunda mão.


E vale observar que grandes líderes recebem conhecimento das mãos de terceiros na maior parte do tempo, não há como mudar isso. Mas eles sabem que a credibilidade da informação depende da fé que têm nas fontes, por isso procuram se cercar de colaboradores confiáveis  (Obs.: Para saber o que realmente significa a palavra fé, clique aqui).


Depois, procuram confirmar a informação com mais de uma fonte, julgar a informação com base em outros conhecimentos disponíveis e aplicar diversos outros expedientes para chegar o mais próximo possível de uma certeza maior, a que chamamos de probabilidade.


Como mostra Mortimer J. Adler, no livro Six Great Ideas, até decisões judiciais são baseadas em verossimilhança e probabilidade, não em certeza. Pois, se houvesse certeza, nunca seria possível reverter as sentenças porque novos elementos de prova ou novas interpretações dos fatos foram trazidos ao caso.


Na esfera criminal (aquela que pode colocar pessoas na prisão), o grau de certeza necessário para emitir um veredito é chamado de “acima de uma dúvida razoável” (Quer dizer, o júri não tem certeza completa, a decisão não está “além de qualquer sombra de dúvida”). Já na esfera civil (condenações a pagamento de indenizações e coisas assim), o grau de certeza necessário é ainda menor, basta a “preponderância dos elementos de prova”, basta que mais elementos apontem no sentido da decisão que no sentido contrário.


Os jurados jamais poderão ter certeza. Alguém que testemunhe um assassinato, pode ter certeza da culpa do criminoso; mas, para o tribunal, o depoimento da testemunha é uma informação que entrará no processo como elemento de prova, o que tornar a culpa apenas mais verossímil para os jurados. Então, os advogados reúnem outros elementos de prova, como impressões digitais, exames toxicológicos, testes de DNA etc., a fim de sair de uma culpabilidade meramente verossímil, para uma provável.


Prováveis são aqueles conhecimentos para os quais podemos calcular uma probabilidade. Probabilidade é a razão entre o número de casos favoráveis à ocorrência de um acontecimento e o número total de casos possíveis.


Por exemplo, num dado não viciado, sabemos que a probabilidade do resultado ser dois é de um em seis. Portanto, se nos perguntarem se o resultado será o número dois quando lançarem o dado, diremos que não temos certeza, mas que certamente é cinco vezes mais provável não sair dois do que sair. Contudo nem sempre conseguimos conhecer probabilidades tão rigorosamente estimadas.


Conhecimentos prováveis não oferecem certeza absoluta, mas são muito importantes. Por exemplo, as ciências naturais, como a Física e a Biologia, se enquadram no tipo de conhecimento provável; elas não estão no reino da certeza integral, mas no da probabilidade.


Podemos ter certeza completa apenas em conhecimentos que não podem vir a ser contraditos quando novas observações são feitas, quando novos fatos surgem ou quando os fatos já conhecidos são reinterpretados. Esse não é o caso das ciências naturais, afinal teorias sempre podem ser derrubadas quando novas observações e novas interpretações são trazidas para o debate (por mais irrefutáveis que pareçam por um tempo). Prova disso é que muitas vezes, ao longo da história, isso já ocorreu.


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