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Obras de Baruch Spinoza

[L-034] Aviso para quem vai lê-las.



Quando questionado por um aluno se estava recomendando, à moda de Spinoza, olhar as coisas à partir do ponto de vista da universalidade e da eternidade, Olavo de Carvalho responde:


"Por um lado é parecido, porque você vai de fato olhar as coisas sob a categoria da eternidade, da universalidade, do absoluto, e aí você será spinoziano. Mas nós temos de ser também anti-spinozianos. Por quê? Porque nós vamos valorizar a experiência

concreta, individual, momentânea, que Spinoza desprezava totalmente.


(...) Spinoza é um caso de demência extremada (demência genial, de certo modo), em que o indivíduo nega a particularidade e quer se colocar permanentemente num plano de universalidade, como se somente aí existisse a verdade.


Ora, a universalidade, para nós, só existe como abstração. Só Deus tem universalidade concreta. Isso quer dizer que o spinozismo é uma fuga do mundo da realidade para o mundo da universalidade abstrata. E é por isso que os rabinos ficaram loucos da vida com ele, porque aquele deus do Spinoza é um deus abstrato, não é um deus vivente, que tenha a ver com a sua experiência de todos os dias.


Nós vamos ter de de recuperar aquele ponto onde Spinoza cortou, onde rompeu, chegando a proclamar que o conhecimento por experiência nada nos ensinava, que só a razão pura, lidando nas altas esferas da universalidade, pode nos dar a verdade. Nós vamos ter de juntar esses dois pontos, porque não estamos interessados em verdades universais, estamos interessados em verdades universais incorporadas na realidade sensível particular imediata. Ou seja, não é qualquer verdade, é a verdade na realidade. Senão não é verdade, mas apenas símbolos escritos da verdade".


(Olavo de Carvalho. Curso Online de Filosofia, aula 3).


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